O sexo é uma atividade humana básica e primordial, e não há razão para que desapareça para sempre com a idade. 

O sexo pode ser uma poderosa experiência emocional e uma ótima ferramenta para proteger ou melhorar a saúde, e certamente não é apenas para os jovens. 

Sexo com mais de 50 anos pode apresentar desafios, e você pode se sentir desencorajado por questões ligadas ao processo de envelhecimento, mas esses problemas não são intransponíveis, ainda mais com os avanços da medicina nesta área.

Com uma melhor compreensão e uma mente aberta, você pode continuar a desfrutar de uma vida sexual física e emocionalmente satisfatória – não é uma questão de idade, mas de desejo.

Para mim, o sexo é um dos fatores mais importantes para que o casal tenha uma vida conjugal longa com amor e carinho. Um homem com uma vida sexual ativa com sua esposa, jamais vai querer procurar outra mulher para satisfazer seus desejos (lógico que há exceções como tudo na vida). 

Casais que têm uma vida sexual ativa, são mais alegres, ativos, tem bom humor, enfim, aproveitam melhor a vida juntos. 

As pessoas até comentam,  as vezes, quando uma pessoa está de mal humor, ranzinza, chata, negativa, etc – “está pessoa é mal amada” … isto é, não está tendo uma vida sexual ativa e prazeirosa e fica assim nesse mal humor, como se todos tivessem culpa pela falta de amor e sexo com qualidade.

Lógico que quanto mais avança a idade, as mudanças físicas no corpo criam certas dificuldades que precisam de diálogo pelo casal. O problema não é de um, ou do outro, mas de ambos.

Infelizmente esse assunto ainda é tabu para muitos casais. 

Sem uma mente aberta para discutir as mudanças que ocorrem em nosso corpo, fica difícil encarar os fatos, que são parte da vida, para procurar soluções para ambos.

As vezes o homem, sente que está com problemas para manter uma relação por falta de libido ou potencia sexual e se sente constrangido de abrir esse assunto para a mulher, que é a sua maior fonte de apoio neste momento da vida.

A mesma coisa acontece com a mulher que sofre calada, muitas vezes, pois não encontra no marido um porto seguro para contar suas aflições, medos, fraquezas, etc.

Lógico que buscar ajuda médica é importante, mas é essencial, antes de tudo, que o casal converse de forma aberta e franca, sobre tudo que está acontecendo. 

Quem ama de verdade, vai querer ajudar o outro a superar algumas deficiências nesta fase da vida, para que a vida sexual possa ser feita com qualidade, talvez de uma forma diferente, mas com certeza com muito prazer e cumplicidade.

Bom sexo em qualquer idade

A necessidade de intimidade é eterna. E os estudos agora confirmam que, independente do sexo, você pode desfrutar de sexo pelo tempo que desejar. 

Naturalmente, o sexo aos 70 ou 80 anos pode não ser igual a 20 ou 30 – mas, de certa forma, pode ser melhor. Como um adulto mais velho, você pode se sentir mais sábio do que era em seus primeiros anos e saber o que funciona melhor para você quando se trata de sua vida sexual.

As pessoas com mais idade, geralmente,  têm muito mais autoconfiança e autoconsciência, e sentem-se libertos dos ideais irrealistas da juventude e dos preconceitos dos outros.

Com os filhos já crescidos, alguns morando fora, os casais são mais capazes de relaxar e desfrutar um do outro, sem as velhas distrações e limitações.

Por uma série de razões, no entanto, muitos adultos se preocupam com sexo em seus últimos anos e acabam se afastando de encontros sexuais. Alguns adultos mais velhos se sentem envergonhados, seja pelo corpo envelhecido ou pelo “desempenho”, enquanto outros são afetados por doenças ou perda de um parceiro. 

Sem informações precisas e uma mente aberta, uma situação temporária pode se tornar permanente. Você pode evitar que isso aconteça sendo pró-ativo. 

Não deixe isso acontecer. Tome uma ação imediatamente. 

Há muito o que você pode fazer para compensar as mudanças normais que acompanham o envelhecimento. 

Procure um cardiologista primeiro para fazer uma série de exames para comprovar sua saúde física como um todo (não só a sexual). Comente com seu cardiologista o que está acontecendo com seu corpo e se houver limitações para a prática do sexo, seja aberto e conte tudo (sem vergonha – ele está lá para te ajudar).

Depois que tiver com todos os exames em mãos e o laudo do cardiologista, agende uma consulta com o Urologista e leve todos os exames. 

No Urologista conte em detalhes o que está acontecendo com seu corpo, para que ele possa pedir os exames adicionais para identificar a causa e o tratamento mais adequado para você.

Não tome remédios sem orientação médica. Pode ser perigoso.

Sempre mantenha sua parceira, a par do que está acontecendo. Não tem sentido, esconder de sua parceira o que você está vivendo. Ela é essencial para que seu tratamento surta o efeito desejado para ambos.

Com informação e apoio adequados, os seus últimos anos podem ser um momento emocionante para explorar os aspectos emocionais e sensuais da sua sexualidade.

Fonte bibliográfica:  HelpGuide é um guia americano para a  saúde mental e bem-estar.

Foto da capa: Photo by Kevin Cloney on Unsplash

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