O dinheiro não compra felicidade conforme o último artigo que postei na semana passada, mas não sejamos hipócritas, pois sem ele, também não conseguimos ter momentos felizes ou ao menos de conforto e bem-estar.
Mas quanto realmente precisamos para termos a sensação de tranqüilidade.
Mas qual é o “Breaking point “, aquele entre ter uma vida com qualidade ou ficar refém do dinheiro, nunca estando satisfeito e querendo sempre mais.
Uma grande análise publicada na revista “Nature Human Behavior, usou dados do “Gallup World Poll”, uma pesquisa com mais de 1,7 milhão de pessoas de 164 países, para colocar um preço no bem-estar emocional ideal – entre US$ 60.000 e US $ 75.000 por ano. Isso está de acordo com pesquisas anteriores sobre o assunto, que descobriram que as pessoas são mais felizes quando ganham cerca de US $ 75 mil por ano.
Existem 2 classificações, de curto e longo prazo:
1) Pessoas que ganham entre US $ 60 mil e US $ 75 mil anualmente tendem a ser felizes no dia-a-dia e satisfeitas com a situação.
2) Pessoas que ganham US $ 95 mil ficam satisfeitos, com a vida, como um todo ( objetivos de longo prazo, etc )
Os números mudam com base no país, devido ao fato de que o custo de vida para viver confortavelmente, pode mudar muito, dependendo de onde a pessoa vive.
Os pesquisadores, da Universidade Purdue, também descobriram que pode ser possível ganhar muito dinheiro, no que diz respeito à felicidade. Eles observaram declínios no bem-estar emocional e na satisfação com a vida após a marca de US $ 95.000, talvez porque ser rico – além do ponto exigido para conforto diário e poder de compra, pelo menos – pode levar a comparações sociais prejudiciais e atividades materiais insatisfatórias.
Já dizia Albert Einstein em 1922
“UMA VIDA CALMA E HUMILDE TRARÁ MAIS FELICIDADE DO QUE A BUSCA DO SUCESSO E O DESASSOSSEGO CONSTANTE QUE VEM COM ELA"
Ainda assim, as descobertas não significam que conseguir um grande aumento não levará à satisfação individual: simplesmente sugere, segundo os pesquisadores, que um grupo de pessoas ganhando US$ 200 mil por ano provavelmente não é mais feliz do que um grupo de pessoas que ganham US $ 95 mil. . O bem documentado fenômeno de “esteira hedônica” também sugere que as pessoas se ajustam relativamente rápido às suas contas bancárias recém-liberadas, com o nivelamento da felicidade recuando ao longo do tempo.
No novo estudo, os pesquisadores observam que suas estimativas pertencem especificamente aos indivíduos, e a renda familiar ideal é provavelmente maior. Além disso, embora os números do documento representem estimativas globais, o ganho de satisfação também varia muito em todo o mundo e nas áreas urbanas versus rurais nos países.
Ao todo, a renda ideal para a avaliação da vida variava de US$ 35.000 na América Latina a US $ 125.000 na Austrália e na Nova Zelândia.
Na América do Norte, a quantidade ideal para a avaliação da vida foi estimada em US $ 105.000, e a faixa para o bem-estar emocional foi estimada entre US$ 65.000 a US$ 95.000.
Os pesquisadores não observaram diferenças significativas entre homens e mulheres, mas descobriram que o nível de educação influenciou os ideais monetários. Pessoas altamente instruídas tendem a ter pontos de satisfação de renda mais elevados, provavelmente porque tinham expectativas mais altas de riqueza e eram mais suscetíveis à comparação social.
Dito isso, se sua renda estiver abaixo ou acima do limiar ideal dos pesquisadores, não se desespere. A pesquisa sugere que, embora o dinheiro possa comprar felicidade (que eu discordo), a qualidade dos seus gastos é tão importante quanto a quantidade.
Globalmente, descobriram que a saciação ocorre em US$ 95.000 para avaliação da vida e $ 60.000 a $ 75.000 para o bem-estar emocional.
É muita grana, considerando nossos padrões latinos de salários médios.
Ao dólar cotado hoje a 3,412, o valor de US$ 95 k seria, em moeda local igual a, uma receita mensal de 27000,00 reais e para o bem-estar emocional uma receita de 19000,00 reais.
Se realmente dinheiro compra felicidade ( que eu não acredito ) a maioria dos Brasileiros não serão felizes baseados nesse estudo e devem buscar outras fontes de felicidade, como eu descrevo no artigo abaixo: