Há algumas semanas eu postei vários artigos sobre economia doméstica que não alteram a sua qualidade de sua vida.

Esclareci a diferença entre economizar e salvar dinheiro. Salvar dinheiro significa economia sem mudar sua qualidade de vida.

Várias pessoas, no mundo todo, estão mudando radicalmente a forma de viver. São os adeptos do minimalismo.

Mais que um modismo …  uma filosofia de vida.

Essa filosofia não foi pensada como uma estratégia de cortar gastos, mas tem o potencial de gerar maior equilíbrio financeiro e fazer sobrar mais dinheiro no fim do mês. Através de uma vida simples, possuindo poucos bens materiais e comprando apenas o mínimo necessário.

O principal objetivo para os adeptos desse estilo de vida é reduzir as coisas desnecessárias para ter mais tempo livre e ter mais dinheiro, para gastar em coisas que realmente fazem mais sentido para eles.

Quando viajei, por 2 meses pela América Central, por 6 países eu levei uma mala enorme. Foi um grande transtorno para mim andar com aquele trambolho por todos os lugares.  Em algumas cidades nem consegui levar a mala e tive que pagar para deixá-la em locais especializados na rodoviária.  Eu não usei nem a metade das coisas que levei.

Fazendo um paralelo com a nossa vida real, muita vezes, carregamos uma grande mala nas nossas vidas, comprando coisas que não irão agregar nada em nossas vidas (um prazer momentâneo somente). Será mais um fardo do que um prazer em nossa vida.

                                                      A nossa mala, para viver a vida, tem que ser leve.

Acabo de voltar da Europa e levei uma mala média ( metade da anterior ) e mesmo assim 10 %  das coisas não foram usadas e não passei nenhuma necessidade.

Minimalismo é isso  Podemos viver muito bem com muito menos.

Nesta viagem para a Europa, eu aluguei um carro na Itália e França. Lógico que ele me deu uma mobilidade e agilidade incrível. Mas tive um gasto enorme com gasolina  ( 1,70 euros por litro), pedágio em torno de 40 euros a cada 200 km e estacionamento na França ( em torno de 20 euros por dia para deixar o carro na rua), seguro do carro que é bem alto, taxas, etc.

Quando viajei por 2 meses pela América Central, decidi ficar sem carro. Deslocamento só por trens, ônibus, metro, Uber, taxi, etc e foi maravilhoso. Demora mais tempo, é um pouco desconfortável, mas o gasto é muito mais baixo , não ficamos preocupados em dirigir e podemos aproveitar mais o tempo para outras coisas enquanto nos deslocamos.

Minimalismo é isso. Podemos viver muito bem sem um carro, andando só de transporte público,  de bicicleta, taxi/Uber, etc.  Caso queira fazer  uma viagem mais longa, ai sim,  vale a pena alugar um carro.

Quando fiz o curso de Coaching o palestrante falou que somos muito importantes, nessa vida,  para andar vestidos de qualquer forma.

Disse que compramos muito e nosso closet parece  uma loja de  roupas de classe baixa ( cheias e sem qualidade ). Compramos muitas coisas por impulso, algumas vezes nem usamos, e se usamos é por pouco tempo, depois fica mofando no guarda roupa.

Deveríamos ter um closet como uma loja de roupas de marca. Poucas roupas, mas com qualidade que nos dão prazer em vestir pois nos elevam nossa auto-estima.  Se amamos a roupa, vamos usar sempre.

Então a primeira ação do minimalista no seu closet é retirar todas as roupas e separar seguindo o critério:

1 – Roupas que não uso há mais de 1 ano ( deixar de lado para doar )

2 – Roupas que uso a menos de 1 ano mas que não me sinto tão bem quando as uso. ( deixar de lado para doar )

 

*** essa ação vale para os calçados também.

Isto é, você vai ficar somente com as roupas que realmente usa frequentemente e que te faça se sentir bem (não é uma questão de marca da roupa, mas que ao vestir você se sinta confortável e feliz.

Embora o minimalismo possa transmitir uma imagem de economia a qualquer custo, nem sempre é assim. Pela lógica do minimalismo, muitas vezes compensa ter menos quantidade de ítens, porém com qualidade maior, pois terão mais durabilidade.

Minimalismo é isso. Podemos viver muito bem com menos roupas e calçados ou melhor viver com o que realmente gostamos e precisamos, nada mais … nada menos.

Não existem regras que definem a quantidade de pertences que uma pessoa deve ter para ser considerada minimalista, mas existem alguns parâmetros. O principal deles é manter apenas as coisas que têm propósito real na vida do indivíduo.

Joshua e Ryan, autores do documentário “Os minimalistas” disponível na Netflix, dão como referência a regra 90/90, segundo a qual os ítens que não foram usados nos últimos 90 dias nem serão utilizados nos próximos 90 dias podem ser descartados.

Minimalismo não é só economia de dinheiro mas de tempo. Imagine quanto tempo gasta por dia limpando uma casa enorme com vários móveis, utensílios, roupas, etc.

Que tal economizar esse TEMPO e DINHEIRO e ir viajar com a família.

Nós nos lembramos SOMENTE dos momentos incríveis que passamos curtindo a família.

Nunca ví uma pessoa sentir saudade de uma roupa, de um calçado, de um utensílio doméstico, de uma casa com inúmeros cômodos e móveis, etc.

A palavra chave é viver com qualidade. Eliminar as coisas, e as pessoas também, que não agregam valor a minha vida e investir pesado no que e quem realmente importa.

 

Fonte: UOL – sessão finanças pessoais.

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1 Comentário

  1. Geris Lopes Consalter Responder

    Com certeza, mais com menos. Aqui em casa temos o hábito de doar para uma ong que cuida de cães abandonados!
    Excelente artigo esse post! Um abraço!

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