Uma das coisas que me encanta nos Estados Unidos é a forma que a maioria das pessoas , há excessões é claro, está pouco se lixando para o que está vestindo, comendo, para sua aparência, para sua “gordice”, para sua magreza, para sua feiura, enfim, para os esteriótipos ditos como normais pela sociedade.

Me recordo quando estava trabalhando em Fort Lauderdale nos Estados Unidos, muitos anos atrás,  houve uma festa de casamento de negros ( perdoe-me afro-americanos )  no ballroom ( salão de baile ) do hotel.

Eu estava na recepção, para sair para o jantar,  mas ví tantas limusines e carros de luxo chegando e parei para ver ( não sou mulher mas sou curioso ). Decidi ficar só para ver os afrodecendentes ( é assim que devemos falar agora – época cheia de frescura ), chegando com seus trajes totalmente extrovertidos e cheio de cores. Eu ví fraques laranja, cor de rosa, amarelo, dourado, etc. Eu vi cabelos das madames que tinham quase 20 centímetros de altura. Eu vi cartolas douradas e adornos de parar o trânsito.

Casais que pareciam que iam para uma festa à fantasia ao invés para um casamento. Mas eles estavam radiantes e não se importavam com ninguém. E isto que me encantou neles. A felicidade e a desenvoltura era contagiante. Eles tinham a autoestima nas alturas. 

Aqui no Brasil as pessoas sentem medo de ser elas mesmas, pois ficam pensando no que os outros irão pensar. Muitas vezes usam roupas desconfortáveis somente para seguir o padrão estipulado pela sociedade. 

Por várias vezes em parques aquáticos americanos eu vi mulheres super obesas em maios fora da sua numeração ( abaixo é claro ) mostrando tudo aquilo,  sem nenhum pudor ou vergonha. E ninguém fica reparando ou comentando. É normal …  e deveria ser aqui também. Todos nós temos o direito de sermos felizes da forma que somos. Nós deveríamos parar de se importar com a vida dos outros.

Quer comentar, você tem o direito, já que você tem boca e língua, mas jamais deixe as pessoas constrangidas com sua opinião e/ou olhares.

Elas estão certas, elas vivem a vida e como dizem os americanos ( I give a shit what you think)  ) – eu não vou traduzir isso ao pé da letra pois sou educado, mas seria numa forma bonita, eu não me importo com o que você pensa .

Os Brasileiros, no geral,  são preconceituosos. 

A nossa vida é muito curta para ser limitada ou cerceada pela opinião dos outros ou mesmo por sua própria opinião e julgamento.

Diversas mulheres deixam de aproveitar a vida por se sentirem fora dos padrões de beleza adotados pela sociedade. Muitas nem saem de casa por se acharem não apropriadas para alguma festa, baile, etc.

Viajam e quando podem aproveitar uma praia ou piscina, não entram pois ficam com vergonha do que os OUTROS irão dizer do seu corpo, das suas estrias, das rugas, das mudanças naturais do corpo com o tempo.

Acabam não aproveitando o melhor da vida por seus próprios medos.

As mulheres são extremamente cobradas e até mesmo pelos seus próprios maridos/parceiros/etc e acabam se fechando em seu próprio mundo.

Mulheres, está na hora de dar um basta nisso tudo.

Aperte o botão do foda-se e vá viver, sem dar conta para os “haters” (odiadores)  de plantão , para o que os outros dizem.

Se for seu parceiro, tenha uma conversa franca com ele e mostre como você se sente quando ele fala com a boca e/ou com os olhos sobre seu corpo. 

Fale que amar é um sentimento que evolui e amadurece. Amar é respeitar e aceitar as transformações do corpo e dar o suporte necessário para que os dois possam aproveitar a vida.

Se a mulher se sentir segura com o esposo, é o primeiro passo para que ela se sinta segura em sair, independente dos modelos propostos pela sociedade.

E que se dane a sociedade, quem paga suas contas é você. 

 

*** Foto da capa: Photo by Eye for Ebony on Unsplash

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